Eparrey Iansã
E foi durante as festividades aos orixás masculinos que adentrou uma mulher sorrindo, forte, valente e destemida. Caminha de encontro a Bará e seduzindo o primeiro dos orixás que compartilha com ela o axé da feminilidade, ficando Bará então, responsável pelos homens e Iansã com o poder das mulheres.
Inicia sua dança direcionada a Ogum, no vai e vem de sua saia, conquista das mãos do guerreiro a espada e junto dela o poder da guerra.
Encantadora encanta por um homem majestoso segue em ritmo a Xangô que como fogo atiçado, toca sua espada e a transforma em um raio, tendo agora Iansã em mãos o poder dos relâmpagos e Xangô o poder dos trovões.
A sede de conquista direcionava a dança de Iansã ao Orixá dos Caçadores, aquele que lhe entrega a camuflagem e o poder de se transforma em Búfalo. O que antes era mulher com o Axé de Odé se transforma agora em animal.
Rumo a Osanyin Iansã balança a saia desprende folhas, o ar, a riqueza dos ventos e também o encanto da vida.
Viva, forte e curiosa! Ao encontrar o homem cheio de mistérios, dança e encosta a saia nas palhas, entrelaçados, xapanã envolvido, compartilha dos corpos com Iansã as almas.
Seguindo deslumbrada pelas conquistas de todas as coisas, os dons, os Axés. A vivacidade que ganhou dos homens, tomou sopro de furação e seguiu rumo ao orixá vestido de branco. Oxalá então inesperadamente segura a saia de forma a cravar Iansã no meio do caminho.
Então ele diz:
– Não, comigo não, eu sou teu pai. E nem toda conquista vem da sedução. Te darei o que nenhum outro homem é capaz de te dar.
Foi então que nas costas de Iansã ele colocou o mundo, a terra, o maior dos ocutás dos orixás. Conclui Oxalá dizendo:
– És a meninas dos meus olhos e para além do tempo também serás OYÁ – Eparrey
Grupo Herança Africana – Babalorixá Branco de Oxalá

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